segunda-feira, 28 de março de 2005

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.

Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças. Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes o notificaram que ele teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho; além do mais, passava todo o tempo golpeando.

O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atrito.

A lixa acatou, com condição de que se expulsasse o metro que estava sempre medindo os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito. Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou todo o material e iniciou o seu trabalho.

Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.

Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes".

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para polir, afinar asperezas e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando se busca com sinceridade o ponto forte dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.

Mas encontrar qualidade...

Isto é para os sábios!

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa é a que eu mais gostei até agora. Muito instrutiva.
Show de bola, garoto!!